As formigas sobrevivem por meio de hábitos conjuntos, na formação de grandes colônias, com milhares de indivíduos divididos hierarquicamente. Apesar de serem reconhecidas como seres extremamente ativos e trabalhadores, a presença dos formigueiros pode causar danos físicos e materiais muito sérios.
Em função de seu tamanho reduzido, as formigas passam por ambientes insalubres – como o lixo – e carregam agentes microbianos, fungos e bactérias. Sem falar, ainda, no potencial alérgico das suas picadas ricas em ácido fórmico. Na prática, estas criaturas – divididas em mais de 20 mil espécies, sendo 2 mil delas encontradas no Brasil – podem ser ainda mais “sujas” que as temidas baratas. Portanto, é fundamental que se trace um plano de controle inteligente, dinâmico e personalizado para o combate a esta praga urbana.
Entenda o comportamento das formigas
Assim como os seres humanos, as formigas também se organizam em uma espécie de sociedade. Dentro dela vivem as operárias, que podem sobreviver até três anos e são responsáveis pelas tarefas de organização e alimentação da colônia. Quando assumem funções de segurança no formigueiro, adquirem a nomenclatura de formiga-soldado. A partir do tipo de alimento ofertado às larvas, as operárias definem se elas darão origem a machos, novas operárias ou até mesmo rainhas, em caso de espécies poligínicas (várias rainhas).
Enquanto isso, a formiga-rainha é responsável pela reprodução – e é identificada por seu tamanho, bem maior do que as operárias/soldados. Os machos também cumprem as funções de reprodução, contudo, morrem logo em seguida à cópula. A diferenciação entre as “castas” presentes em um formigueiro se dá a partir do tipo de alimento que é fornecido durante a fase larval.
A maioria das espécies de formigas é onívora, ou seja, tem capacidade de metabolização de diferentes classes alimentícias, adquirindo comportamentos menos restritos que, por exemplo, os herbívoros. Sua preferência é por alimentos doces.
Apesar dos formigueiros existirem fisicamente, visíveis como um amontoado de terra de médio a grande porte, eles não representam um lar permanente para as formigas. Estes insetos migram em busca de alimento e, a partir daí, se infiltram em residências e estabelecimentos comerciais que ofereçam ambientes escuros e quentes.
Devido ao seu tamanho reduzido, podem se adaptar a diversos tipos de estruturas construídas pelo homem – como, por exemplo, o interior de tomadas nas paredes. A partir daí, os danos causados pelas formigas podem variar da contaminação dos nossos alimentos a prejuízos de infraestrutura como, por exemplo, a corrosão de fios elétricos.
Formigas: espécies diferentes, estratégias distintas
A partir da proliferação dessas pragas em estabelecimentos urbanos, o controle deve ser feito por meio de uma equipe especializada. Afinal, devemos considerar a alta capacidade de adaptação destas criaturas – e a variedade de estratégias possíveis que podemos aplicar para combatê-las.
O uso de métodos químicos no combate às mais diversas espécies de formigas varia conforme a situação – principalmente quanto à formulação do veneno e o modo como ele é aplicado. As alternativas variam das iscas granuladas, de fácil aplicação, às pulverizações – que exigem aparelhos específicos e apresentam perigo de intoxicação.
No caso das formigas cortadeiras (dos gêneros Atta e Acromyrmex), por exemplo, a iscagem é mais eficiente em função da peculiaridade dos seus hábitos alimentares. Elas utilizam o material vegetal coletado para a produção de um fungo, da espécie Leucoagaricus gongylophorus, que alimenta, de fato, a colônia. A partir do momento em que um indivíduo introduz a isca neste processo, o fungo inteiro é contaminando – dando conta de toda a infestação.
Enquanto isso, os inseticidas comuns são pouco eficazes no combate às formigas pois não penetram o formigueiro, em si. Eles ocasionam a morte de aproximadamente 5% da colônia, que se encontra na parte exterior e menos protegida do local, enquanto a parcela mais abrangente dos indivíduos segue protegida em seus ninhos. Além disso, o sistema de comunicação das formigas permite que o ninho se divida e migre para outros locais próximos a partir da morte parcial de seus indivíduos.
Como parte do trabalho de combate às pragas urbanas, como as formigas, podemos destacar ainda as atividades preventivas que podem ser feitas por todos os que vivem em ambientes urbanos. Evitar o acúmulo de lixo, manter os alimentos em locais bem vedados, efetuar a limpeza regular dos móveis e equipamentos eletrônicos são exemplos disso.
O combate às formigas em ambientes corporativos
Assim como é feito nos ambientes domésticos, é preciso redobrar os cuidados com locais de armazenamento de alimentos no seu local de trabalho. Afinal, é a partir da oferta de recursos alimentícios que as formigas estabelecem a organização dos formigueiros – e seu foco é, sempre, a procura de opções doces ou gordurosos.
Os riscos das infestações nos ambientes corporativos são os mesmos: picadas, alergias e danos às infraestruturas. Contudo, este último fator pode ser potencializado em algumas instituições – como, por exemplo, os hospitais. Na busca por alimentos, elas podem ingerir – ou, até mesmo, apenas cruzar por resíduos de lixo hospitalar – e transmitir bactérias para os pacientes.
Neste caso, em específico, é preciso levar em consideração a baixa imunidade dos pacientes. Portanto, uma grande infestação de formigas pode causar, entre outras coisas, uma série de infecções hospitalares – que podem comprometer o bem estar dos pacientes, funcionários e, até mesmo, a manutenção do funcionamento do hospital.
Enquanto isso, a formiga conhecida como saúva (do gênero Atta) é uma grande ameaça em ambientes rurais. Afinal, trata-se de uma espécie cortadeira – que ataca árvores e pode destruir plantações inteiras. As infestações de saúva no interior do Brasil eram tão comuns que, na década de 40, o Ministério da Agricultura divulgava campanhas com a frase: “ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”.
As providências tomadas no controle dessas pragas são diversas, e todas exigem uma boa dose de paciência. Afinal, uma infestação de grandes proporções não surge do dia para a noite – e o número de formigas rainhas de uma colônia determina a sua capacidade de divisão a partir das perturbações ambientais causadas pela tentativa de controle exercidas pelo homem.
Se você estiver experienciando algum destes casos, ou tem dúvidas a respeito das formas corretas de se controlar uma infestação de formigas, entre em contato com a Nordic! Nossa equipe de especialistas é capaz de inspecionar o local, identificar a espécie que está causando problemas, executar e promover o controle dos insetos em tempo recorde.