A importância de uma estação para o tratamento de esgoto

Escorpião em Bragança Paulista

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 49% do esgoto produzido aqui tem seu processo de coleta feito por meio de rede. Deste número, apenas 10% é tratado. O maior volume desse esgoto, como é possível imaginar, é encontrado nas regiões metropolitanas e de grandes cidades, onde ele (o esgoto) é despejado em mares e rios, sem qualquer tratamento prévio, poluindo as águas e acabando com a biodiversidade presente neles.

A solução encontrada pelo poder público, nesses casos, é a implantação de uma estação de tratamento de esgoto, para remover os principais poluentes residentes nas águas, sem afetar a qualidade dela.

De preferência, um sistema de esgoto deve ser completamente movido à gravidade, como um sistema séptico. Os tubos de cada casa ou edifício seguem direto para um tubo principal de esgoto, que pode percorrer o meio da rua. Periodicamente, um tubo vertical irá subir do principal para a superfície, atuando na formação de um posto de visita, coberto por uma tampa de bueiro. Esses poços de visite permitem o acesso ao tubo principal, para a manutenção.

Assim que a água chegar à estação de tratamento de esgoto, ela pode passar por, até, três estágios de tratamento (dependendo da estação). O tratamento primário faz a mesma função que uma fossa séptica, permitindo que os sólidos sejam separados da água, fazendo com que a espuma suba. O sistema coleta os sólidos que serão descartados, e esse tratamento primário envolve umatela, seguida por um conjunto de reservatórios ou tanques que deixam a água em repouso, para que os sólidos sejam separados. Esse tratamento pode chegar a remover metade dos sólidos, dos materiais orgânicos e bactérias da água. Caso a estação de tratamento só realize o processo primário, a água será clorada, para matar as bactérias remanescentes, e escoada.

No tratamento secundário, os materiais orgânicos e nutrientes serão removidos, com a ajuda de bactérias. Sim, elas irão ajudar nesse processo de remoção, uma vez que a água será levada para grandes tanques de aeração, onde elas (as bactérias) vão consumir tudo que puderem. Então, os dejetos irão para tanques de sedimentação, onde as bactérias serão depositadas, podendo remover, até, 90% de todos os sólidos e materiais orgânicos dos dejetos.

Já o último estágio, o terciário, pode variar conforme a comunidade e a composição dos dejetos. O terceiro estágio costuma utilizar produtos químicos, para remover o fósforo e o nitrogênio da água, mas, também, pode incluir tanques de filtração e outros tipos de tratamento. O cloro, se combinado a água, pode matar qualquer bactéria que insista em permanecer, e, por fim, a água é escoada.

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